Arquivo do dia: agosto 2, 2010

As Mulheres e o Stress

As mulheres mostram-se sujeitas a maior stress devido a seus papéis familiares do que os homens com seus problemas no emprego, veicula The New York Times. “Se compararmos as donas-de-casa, especialmente as que têm filhos pequenos, com os maridos e pais que trabalham”, afirma a dra. Peggy Thoits, da univ. de Princeton, EUA, “resta pouca dúvida de que as donas-de-casa sofrem mais ansiedade e depressão”. As mulheres que mais sofrem são as que são chamadas de “cativas ao seu papel” — mulheres que se sentem enredadas num emprego enfadonho ou em casa. Os pesquisadores verificaram que as donas-de-casa mais felizes têm interesses externos e preenchem múltiplos papéis — tais como o de esposa, de mãe, de trabalhadora de tempo parcial, de estudante, e de membro ativo de uma organização religiosa ou social.

Proteja-se dos raios!

UM RAIO mediano pode estar carregado de dezenas de milhões de volts de eletricidade, com uma corrente de dezenas de milhares de ampères. Em comparação, o circuito elétrico típico numa casa é geralmente de 15 ampères.  O que você pode fazer para minimizar o risco de ser atingido por um raio? Note as seguintes sugestões.
• Se de todo possível, procure abrigar-se num lugar coberto. Até mesmo um carro oferece uma boa proteção. Seria bom abrigar-se num edifício? Se ele tiver um pára-raios, pode oferecer segurança. Por exemplo, o edifício Empire State, de Nova York, é poupado de ser atingido por um raio aproximadamente 25 vezes por ano. No entanto, é melhor evitar estruturas que não são aterradas, com telhados de metal, e locais que ficam perto de antenas e cercas de metal.
• Fuja de lugares descampados, como lagos, campos, e campos de golfe. Árvores altas e isoladas também podem constituir perigo. Se você estiver num lugar onde há muitas árvores, abrigue-se perto das árvores mais baixas. Se a tempestade estiver ameaçando pegá-lo desprevenido e você se vir impossibilitado de sair de uma área descampada, agache-se junto ao solo com os braços em volta dos joelhos. Não se deite, pois é importante minimizar a superfície que fica exposta ao raio.
• Mesmo que esteja dentro de casa, você pode tomar certas precauções. Algumas sugestões: evite tocar em condutores elétricos, como lareiras e encanamentos de metal. Convém evitar tomar banho de chuveiro ou de banheira, ou usar o telefone. Desligue da tomada computadores, aparelhos de TV e outros eletrodomésticos, pois eles poderão ser danificados se a casa for atingida por um raio.
• Caso alguém seja atingido por um raio, é vital administrar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediatamente. O professor Victor Scuka, que trabalha no Departamento de Pesquisas de Altas Voltagens da Universidade de Uppsala, na Suécia, diz que em muitos casos pessoas que foram atingidas por raio foram ressuscitadas com a RCP, mesmo quando pareciam estar mortas. “Mas o tratamento”, avisa ele, “precisa ser administrado de imediato, para evitar danos cerebrais”.
Se você for apanhado numa tempestade com relâmpagos, procure seguir as sugestões acima. Se fizer isso, é muito improvável que se torne uma vítima deste espetáculo atemorizante.

Refresco de uma planta exótica

APRECIA beber algo gelado num dia quente? Muitas famílias da África Ocidental apreciam uma bebida refrescante de cor viva, deliciosa, saudável e barata — e feita de uma planta. O nome dessa bebida é bissap, e a planta usada para prepará-la é a vinagreira ou caruru-azedo, da família dos hibiscos. Sua altura pode chegar a dois metros ou mais. Cresce em várias regiões do mundo, mas principalmente em climas mais secos como os do Níger, do Mali e do Senegal.
Como se prepara o bissap
Coloca-se uma colher de sopa de cálices da planta em aproximadamente um litro de água. Mistura-se tudo, leva-se ao fogo para levantar fervura e depois deixa-se em infusão por 15 a 20 minutos. Os cálices são coados e o chá obtido pode ser bebido quente ou frio, com ou sem açúcar. Hoje vamos preparar a bebida do jeito que as crianças gostam e por isso acrescentaremos açúcar. Algumas famílias também preparam-na com hortelã ou baunilha. O bissap frio, de um vermelho vivo, é colocado em saquinhos plásticos limpos que são depois amarrados na extremidade superior. Agora estão prontos para serem distribuídos às crianças ávidas de tomar o refresco. Animadamente elas rasgam um canto do saquinho e se deleitam com sua bebida favorita. É claro que alguns preferem bebê-la num copo.
Além de ser delicioso, o bissap é conhecido por fazer bem à saúde. Contém cálcio, fósforo, ferro, vitaminas A e C e outros componentes. Alguns dizem que o bissap é também um laxante leve, diurético e estimulante das funções do fígado. Seja como for, apreciamos saber que dessa bela planta, pode-se fazer uma bebida saudável e refrescante!

Missa para os bichos

Parece que os animais estão recebendo atenção especial do clero italiano ultimamente. A ordem religiosa dos franciscanos acusou há pouco tempo os jesuítas de serem “hereges” e “inimigos da criação” por dizerem que os animais eram “incapazes de amar”. O prelado católico Mario Canciani comenta assim o conceito da Igreja: “A Igreja [Católica] está aberta para todas as criaturas.” Portanto, segundo o jornal italiano La Repubblica, os freqüentadores de igreja em Roma há muito podem procurar bênçãos para seus “amiguinhos domésticos”. Anunciando uma dessas ocasiões, o jornal explica que, “além daqueles que podem mais apropriadamente ser chamados de cristãos, gatos, cachorros, papagaios, coelhos e toda a fauna para a qual se deseje uma bênção também podem entrar”.

Espelho espacial

Um conceito que talvez soe mais como ficção científica do que como ciência tornou-se realidade em fevereiro deste ano quando cosmonautas russos lançaram e abriram um espelho de 20 metros a partir da estação espacial Mir, em órbita. Alguns cientistas sugerem que espelhos no espaço poderiam ser usados para refletir a luz solar para a Terra à noite, desta forma poupando contas de eletricidade e até estendendo o período de crescimento das safras. O espelho, feito de uma folha fina de Mylar, refletiu um feixe de luz solar para a Terra, onde observadores na Rússia, França e Canadá relataram tê-lo visto. Os cosmonautas russos localizaram e seguiram a trilha do feixe de luz de quatro quilômetros de largura que o espelho lançou sobre o planeta escurecido abaixo deles. Um engenheiro do projeto declarou que a experiência foi um sucesso e sugeriu que o próximo passo seja um espelho de 200 metros com seu próprio sistema de direção.

Nunca se é velho demais

‘Nunca se é velho demais para aprender.’ Como que para ilustrar esse antigo ditado, Bernabé Evangelista, um animado homem de 93 anos de idade, espera concluir seus estudos universitários dentro de dois anos. Ele estuda Belas Artes na Universidade de Valencia, Espanha, e sua dedicação aos estudos já lhe valeu um prêmio por notáveis realizações acadêmicas. “Estudar é a coisa mais bonita que existe”, explica Bernabé, que chega à universidade todo dia às oito horas da manhã e cujas aulas noturnas muitas vezes só terminam às nove da noite. Bernabé acredita que os mais velhos têm uma oportunidade de ouro de estudar. “É a época da vida quando se tem tempo para isso”, diz ele. Sua esposa acrescenta que a atividade dá a ele objetivo na vida.

Estatísticas mal interpretadas

Por décadas, grupos em prol dos direitos dos gays nos Estados Unidos vêm afirmando que os homossexuais compõem 10 por cento da população. A alta porcentagem tem servido de meio conveniente para se exercer pressão política. Mas esses 10 por cento, baseados nos estudos de Alfred Kinsey sobre a sexualidade humana na década de 40 e de 50, têm sido submetidos ultimamente a um escrutínio cada vez mais minucioso. A revista Newsweek diz: “Os mais recentes estudos situam mais ou menos entre 1 e 6 por cento a proporção de gays e de lésbicas na população.” Por que a estimativa de Kinsey era tão alta? Parece que suas pesquisas direcionavam-se em grande parte para instituições como escolas, presídios e hospitais, que podem não representar a população como um todo. Segundo Newsweek, Pepper Schwartz, sociólogo da Universidade de Washington, disse sobre aqueles 10 por cento: “Simplesmente não é um número real.”

‘Sede de água engarrafada’

“A sede que os Estados Unidos têm de água engarrafada parece insaciável, chegando a consumir quase 30 bilhões de garrafas por ano”, diz a revista U.S.News & World Report. No entanto, muitos consumidores não se dão conta de que a maior parte da água engarrafada é simplesmente água de torneira. Assim, “a pessoa que prefere água engarrafada à de torneira por questão de saúde está mal informada”, diz a revista. Em muitos países, como os Estados Unidos, pode-se consumir água diretamente da torneira, pois sua qualidade é monitorada de acordo com normas rígidas. Nesses países, além de ser saudável, a água de torneira é “praticamente de graça” em comparação com as “extremamente caras” alternativas engarrafadas.

Os bebês têm bom senso ao escolher amigos?

Bebês de apenas seis meses desenvolvem “a habilidade de julgar o comportamento de outros antes de [aprender a] falar”, revelou uma pesquisa da Universidade Yale, EUA. Nessa pesquisa, bebês de 6 a 10 meses observaram um brinquedo de olhos grandes tentar escalar morros enquanto alguns brinquedos o ajudavam e outros o atrapalhavam. Daí, “esses mesmos brinquedos foram colocados diante das crianças para ver com quais deles elas brincariam”, explica o jornal Houston Chronicle. “Quase todos os bebês escolheram os brinquedos que ajudaram.” Assim, pode-se dizer que “até mesmo bebês conseguem diferenciar os coleguinhas malvados dos bonzinhos e sabem quais escolher”, diz o jornal.

Extração de borracha: um trabalho que afeta a sua vida

SÃO cinco da manhã, e a floresta pluvial nigeriana está escura e fresca. Numa casa de tijolos de barro, no meio da floresta, John acorda e se veste ligeiro. Então, na escuridão da noite, caminha carregando uma lanterna, um balde de plástico e uma faquinha curva. Durante as próximas quatro horas, ele vai de árvore em árvore e faz cortes cirúrgicos na casca de cada árvore.
Este é o primeiro de uma longa cadeia de eventos que podem afetar a sua vida. Como assim? John faz incisões em árvores que produzem borracha, um dos recursos mais valiosos e mais usados do mundo.
Milhares de produtos
Pense na importância que a borracha tem em sua vida. A sola e o salto de seus sapatos podem ser de borracha. O forro de seu carpete e a mobília talvez contenham espuma de borracha. O elástico de sua roupa provavelmente é de borracha. Quando está chovendo, você talvez use capa e botas de chuva, de borracha. Vai nadar? O traje de mergulho, a máscara de mergulho e as nadadeiras contêm borracha. Não quer nadar? Talvez prefira ficar boiando numa jangada de borracha ou jogar bola de borracha na praia. Aqui e ali na sua casa provavelmente há elásticos, borrachas de apagar erros e adesivos à base de borracha. À noite, ao dormir, você talvez se deite num colchão e num travesseiro feitos de derivados da borracha. Se está com frio, você pode se aconchegar à uma bolsa de água quente feita de borracha.
E tem mais: há muitos produtos que não funcionariam direito sem arruelas, correias, gaxetas, mangueiras, rolos ou válvulas de borracha. O carro mediano, por exemplo, tem umas 600 peças de borracha. Ao todo, segundo a The World Book Encyclopedia, fabricam-se entre 40.000 e 50.000 produtos de borracha.
Por que a borracha é tão útil? Ela demora para se desgastar, resiste ao calor, é elástica, à prova d’água, é hermética e absorve choques. Pense no pneu de bicicleta, de automóvel ou de avião. Por ser feito de borracha, o pneu não se desgasta rápido apesar do constante contato com a estrada, nem pega fogo por causa da fricção contínua. Ao passar por poças d’água, você não precisa se preocupar que o pneu vá ficar encharcado e vá apodrecer; nem que vá enferrujar. Além de impedir que água entre dentro do pneu, a borracha impede o ar de sair. A capacidade que a borracha tem de absorver choques também amortece o impacto de buracos na estrada. Realmente, sem borracha, os fabricantes teriam dificuldade para produzir um pneu.
Provavelmente concordará que o trabalho que John faz é valioso e afeta a nossa vida de forma positiva. É claro que nem toda a borracha vem das árvores. A borracha sintética, produzida quimicamente, detém uma grande fatia da indústria. Ambos os tipos de borracha têm seus pontos fortes e seus pontos fracos. Muitos produtos podem usar tanto um como o outro, e a escolha geralmente depende do custo no momento. Outros produtos usam uma mistura de borracha sintética e natural. A maioria dos pneus de automóvel contém mais borracha sintética do que natural. Mas, como a sintética resiste menos ao calor, usa-se uma proporção maior de borracha natural em pneus de carros de corrida, caminhões, ônibus e aviões.
Extração da borracha
As árvores que produzem borracha crescem melhor no clima quente e úmido, perto do equador. Grande parte da borracha natural do mundo vem das plantações do sudeste asiático, especialmente da Malaísia e da Indonésia. O restante vem da América do Sul e da África Ocidental e Central.
John não extrai borracha de árvores com menos de seis anos. Depois disso a árvore produzirá borracha pelos próximos 25 a 30 anos e alcançará cerca de 20 metros de altura. Quando se “aposenta”, a árvore pode continuar a crescer até 40 metros, e pode viver até a idade madura de 100 anos ou mais.
Logo após a extração, a borracha parece mais com leite do que com um pneu de carro. Essa substância leitosa, chamada látex, contém minúsculas partículas de borracha. Cerca de 35% do látex é borracha. Quase todo o resto é água.
Para extrair o látex, John faz um corte oblíquo na casca. Este corte é do tamanho da metade da circunferência da árvore. John toma cuidado para não fazer cortes muito fundos, porque isso prejudicaria a árvore. O látex começa a escorrer imediatamente após o corte; escorre pela fenda formada nele e cai na vasilha de bambu que John prendeu à árvore. Flui por duas ou três horas e então pára.
Um ou dois dias depois, quando John voltar a extrair borracha da mesma árvore, ele fará outro corte logo abaixo do primeiro. Na vez seguinte, fará um corte abaixo do último. Por fim, uma seção retangular da casca é retirada da árvore. Agora John começará a extrair borracha de outra parte da árvore, deixando que aquela seção se recomponha completamente, para que possa extrair borracha dela no futuro.
John trabalha rápido, andando sozinho pela floresta silenciosa e cortando as árvores para extrair o látex. Mais tarde, ele volta a cada árvore e recolhe no balde o látex acumulado. Em seguida, mistura ácido fórmico e água ao látex. Isso o engrossa e coagula de maneira bem parecida a como o vinagre faz com o leite. Daí, John leva o balde de látex na cabeça para a estrada principal, onde ele é recolhido por um caminhão de uma usina próxima, de processamento de borracha.
John agora volta para casa para tomar banho, comer e descansar. No fim da tarde, quando ele sai de casa de novo, está bem vestido e carrega uma pasta na mão. Desta vez, ele não estará indo de árvore em árvore, mas de casa em casa. John, que é pioneiro regular, tem ótima participação na obra de pregar e de fazer discípulos.
Quando John estiver dirigindo seu primeiro estudo do dia, o látex que ele extraiu já terá chegado na usina. Lá, a borracha será separada da água, secada e comprimida em bolas para despacho. Logo estará a caminho da Inglaterra, do Japão ou dos Estados Unidos. A indústria da borracha natural produz mais de cinco milhões de toneladas de borracha por ano, no mundo inteiro. Embora improvável, pode ser que a borracha da sola do seu próximo par de sapatos venha de uma árvore explorada por John.